Guerra Espacial: Israel abate míssil fora da atmosfera pela primeira vez
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10 de novembro de 2023Oleksandr Kamysyhin, ministro das Indústrias Estratégicas da Ucrânia, declarou que a invasão russa de seu país e a guerra entre Israel e Hamás no Oriente Médio podem manifestar a necessidade de que os países gastem em seus sistemas de defesa (Imagem mostra o Sistema C2 dos misseis Netuno [1]) [2].
Kamyshyn disse que aproximadamente 500 empresas da indústria de defesa da Ucrânia estão contribuindo para os esforços do país para aumentar a produção de armas com o fim de contrariar as intenções da Rússia de expandir seu território sobre a Ucrânia. Entre elas há 70 fábricas estatais e mais de 200 fábricas de categoria mista que produzem sistemas não tripulados e diversos tipos de armamento e munições.
A Ucrânia é um grande detentor de tecnologia e era um grande parceiro do Bloco Soviética no passado. Hoje pode ser uma opção para o ocidente.
Mísseis R-360 Neptune
Dentre as armas de destaque na guerra contra a Russia, está o míssil antinavio R-360 Neptune. Kiev teve várias oportunidades de usar esse míssil desenvolvido no Luch Design Bureau do país [3]. Baseado no míssil antinavio soviético Kh-35, o Neptune de lançamento móvel provou ser uma plataforma de grande sucesso quando atingiu a fragata russa Almirante Essen no início de abril, e poucas semanas depois foi usado com sucesso para afundar o cruzador de mísseis guiados Moskva, nau capitânia da Frota do Mar Negro da Marinha Russa.
O cruzador da classe Slava, atingido por dois mísseis, foi supostamente o maior navio de guerra afundado em combate desde a Segunda Guerra Mundial.
O míssil Netuno é um concorrente potencial do MANSUP que está em desenvolvimento pela Marinha do Brasil junto à Base Indústria de Defesa nacional.
Parceria no Brasil
O programa espacial brasileiro já teve uma cooperação no passado com a Ucrânia, mas que não rendeu grandes frutos [4]. Uma empresa binacional foi formada visando a viabilizar o desenvolvimento de foguetes lançadores de satélite e permitir a absorção de tecnologia, principalmente de foguetes de propelente líquido, que é dominada naquele país.
Referências:
1. Naval News. “Ukraine Ordered A First Batch Of Neptune Anti-Ship Missile Systems”. 5 Jan 2021. Disponível em: https://www.navalnews.com/naval-news/2021/01/ukraine-ordered-a-first-batch-of-neptune-anti-ship-missile-systems/. Consulado em: 9 nov 2023.
2. World News. “Ministro ucraniano dice que quiere convertir su país en centro de producción de armas para Occidente”. 4 nov 2023. Disponível em: https://apnews.com/world-news/general-news-fe78e22de23ff1dd42ed3b6fce310e99. Consultado em: 9 nov 2023.
3. The Washington Post. “‘Neptune’ missile strike shows strength of Ukraine’s homegrown weapons”. 15 abr 2022. Disponível em: https://www.washingtonpost.com/world/2022/04/15/neptune-ukraine-moskva/. Acessado em: 9 nov 2023.
4. CNN Brasil. “Parceria espacial Brasil-Ucrânia custou R$ 1 bilhão e acabou sem lançar foguete”. 2 mar 2022. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/parceria-espacial-brasil-ucrania-custou-r-1-bilhao-e-acabou-sem-lancar-foguete/. Acessado em: 9 nov 2023.